Por Flávia Pantoja Strafacci
Final de mais um dia de mãe em tempo integral.
Troca fraldinha, alimenta, dá banho, brinca...
...cuida para não cair.
Ensina a ouvir não.
Mama, papa...
Cansaço, vontade de cair na cama e dormir por oito horas seguidas. Ah! Bons tempos em que se podia dormir por oito horas!
Mas tem que lavar e esterilizar mamadeira, chupeta.
Fazer papinha para o dia seguinte. E eis que queima a papinha! O cansaço engana e faz a gente se atrapalhar com o tempo.
Preparar mais papinha ou apelar para as prontinhas?
Ai, ai... Que canseira!
Eles vão crescer, rápido, essa trabalheira vai acabar. Nada! Já sabem andar, também vão saber teimar, com um aninho já fazem birra se jogando no chão! Você vai perguntar: você tem idade pra isso? Essa birra toda??? Tem!!! Normal! O mundo gira em torno deles nessa idade, se não se sentir o centro, fará birras homéricas! Meu Deus! Quando voltarei a dormir por 8 horas?
Com 3, 4 anos terá argumentos! Te deixará tonta sem saber o que responder... e você simplesmente se surpreende dizendo coisas que seus pais disseram e que você jurou não dizer: 'não, porque não'! 'Eu sou sua mãe e to dizendo e pronto'! kkkkkkkkk... Nesse momento, e só nesse momento, compreendemos de verdade nossos pais e temos vontade de correr para debaixo de suas asas e perguntar: como vocês conseguiram??? E dá vontade até de pedir ajuda... Mas é claro que eles nunca saberão disso, afinal, você é um adulto responsável que cria melhor seu filho do que eles(certo?).
Essa é a vida maçante de uma mãe em tempo integral, mas uma mãe que trabalha o dia todo fora e quando chega em casa tem suas crias esperando o momento mais 'oportuno' (que geralmente é quando você está com aquela dor de cabeça terrível após aquela reunião interminável) para demarcar território do jeitinho que só nossos anjinhos sabem.. também não é nada fácil, e ainda convivem com a culpa de passarem o dia todo longe e ainda terminarem o mesmo brigando e educando seus filhos.
Pois a coisa mais controversa que existe na vida de uma mãe (e pai também) é educar. Educar seu filho é amar, fazer com que ele seja uma cidadão digno e respeitável, que busque sua felicidade de forma honesta. Mas essa maior demonstração de feto que podemos dar consiste em fazer a pior coisa que uma mãe (ou um pai) quer... brigar. Educar é chamar atenção, colocar de castigo, dizer infinitos 'não!'... limitar seu filho mesmo que sua vontade e cansaço queiram dizer "quer saber? desisto! Vai lá! faz o que quiser!"
Brincar, dizer que ama, encher de beijos, coseguinhas, ir ao parque, brincar com seu filho no balanço, dar tudo do melhor para ele não é a parte mais difícil, nem a mais cansativa. Educar é o que mais nos dói, nos confunde e é o que seu filho mais necessita.
Um viva às mães bravas!!! Que educam de verdade seus filhos!!! Que consigamos algumas horas de sono para repor as energias e podermos voltar a educa-los no dia seguinte. 8 horinhas de sono... só 8 horinhas...
Mãe!!!
Já comprou o presente de sua mãe?
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